Até a trabalhar um pai tem que se sujeitar a casa coisa... eheh!

A verdade dos números... Assustador!

Dados do Dr. Medina Carreira e Dra. Margarida Aguiar (economista do Banco de Portugal) aqui

• Despesa Pública em 2010 é aproximadamente 48% do PIB;

• Despesas Sociais em 2010 são 30,2% do PIB dos quais:
• Aproximadamente 20%  são pensões do Regime Geral da Segurança Social (RGSS) e Caixa Geral de Aposentações (CGA);
• Perto de 5% são despesas de Educação;
• Perto 5%  são despesas de Saúde;

• Em 2011 as pensões médias do RGSS são aproximadamente de 700 €;

• Em 2011 as pensões médias da CGA são de1.283 €;

• 92 % dos pensionistas recebe menos de 1350 € - 272.000 indivíduos; 

• Em 2011 6.250 pensionistas (RGSS + CGA) recebiam mais de 4000 €;

•  Em 2011,  907 pensionistas da no RGSS recebiam mais de 5000 €.

• Se se fizesse um corte de 25% às pensões superiores a 1350 € arrecadar -se-ia apenas aproximadamente 400 milhões de euros.

2011 -dados PORDATA aqui

• 128,8 idosos por cada 100  jovens;

• 22,6 menores de 15 anos por cada 100 pessoas em idade activa;

• 29 pessoas com mais de 65 anos por 100 pessoas em idade activa;  
  Agora acrescentem os desempregados, os estudantes com mais de 15 anos, os doentes e os restantes que não trabalham ... 

• Em 2011haviam 3 535 422 pensionistas (RGSS + CGA);

•  Em 2011, 1 479 657 pensionistas do RGSS tinham pensões inferiores ao salário mínimo nacional;

• Esperança de vida à nascença em 2010: homens 76,4 anos; mulheres 83,2 anos; 

• Número médio de filhos por mulher em 2010: 1,37;

• 63,8  pensionistas (RGSS + CGA) em 2011 por 100 activos ;

Vendo estes números só posso concluir que temos sido governados por políticos irresponsáveis, que não souberam tomar medidas sérias de forma a que se faça uma gestão sustentável da Segurança Social. Foi-se sempre empurrando o problema com a barriga!

Não há milagres! Vamos ter que trabalhar mais tempo e ainda assim as reformas nunca mais vão ser como as actuais! Mesmo que a economia comece a crescer alguma coisa, teremos menos pessoas em idade activa do que pensionistas. E se os jovens em idade activa continuarem a fazer pela vida, emigrando , estou a prever que no futuro teremos um país cheio de velhos a receber uma reforma simbólica...

Sinceramente não consigo ter esperança no meu futuro e no das minhas filhas. E isto preocupa-me mesmo muito!!!

Informem-se primeiro e reclamem depois!

Há com certeza muitas razões para reclamar de muita coisa. É certo que cada vez pagamos mais impostos, estamos a perder direitos e regalias todos os dias. Mas por isso mesmo não compreendo como é que ainda assim as pessoas não estejam mais informadas relativamente às suas contas. Não sabem quanto gastam em despesas de educação, saúde, habitação e quanto podem beneficiar com as deduções destas despesas no IRS. Não sabem que despesas como a da manutenção do automóvel ou do cabeleireiro podem ser abatidas no IRS (mesmo que os valores a abater sejam baixos). Não fazem contas!

Tenho a impressão de que há por aí muito boa gente que reclama muito, protesta muito, mas não se informa convenientemente sobre os assuntos que lhes dizem respeito. Mesmo naqueles assuntos que lhes mexem na carteira! Isto não é aceitável! Informem-se primeiro e reclamem depois!

Velhice - um lugar que nos espera...

Como todos sabemos, a sociedade portuguesa está a envelhecer. A juntar ao facto de sermos recordistas no que diz respeito ao baixíssimo número de nascimentos (em 2012 Portugal teve o menor número de nascimentos desde que há registos), a esperança média de vida tem vindo a aumentar. Isto significa que temos que nos preparar para conviver com uma sociedade onde há muitos velhos e muito poucas crianças. A minha questão é: Estaremos nós, como sociedade, preparados para isto?

Há dias, alguém muito próximo me dizia que um velho não tem a mínima utilidade. Que a maior parte das pessoas idosas, depois de reformadas eram inúteis, limitavam-se a ficar em casa a ver televisão, a incomodar os familiares próximos de cada vez que queriam fazer alguma coisa, ir a qualquer lado, etc.

Ora, isto chocou-me! Pior... ao reflectir sobre este assunto, apercebi-me que, apesar de isto não ser claramente assumido, efectivamente este é o sentimento de muitas pessoas. Nós, como sociedade, tratamos muito mal os nossos velhos! Não os respeitamos, não temos o reconhecimento que deviamos ter por aqueles que nos criaram, nos deram educação e permitiram que sejamos quem somos hoje. E isto é muito triste! É muito injusto!

Julgo que há muito a fazer para mudar este estado de coisas. Desde logo, julgo que é necessário valorizar mais os conhecimentos, o saber de experiência feito daqueles que já andam nisto há mais tempo. Há muitas coisas que não se aprendem nos livros.

Também há que promover um envelhecimento mais activo. Se é verdade que se vive mais tempo, também é verdade que se tem qualidade de vida (no sentido de ter mais saúde) por mais tempo. E isto pode também significar trabalhar até mais tarde, manter um papel activo na sociedade, quer através do apoio à família (dando um apoio na educação dos netos, por exemplo), quer através da envolvimento em movimentos de  voluntariado, movimentos cívicos de cidadãos, etc. Ser velho não tem necessariamente que significar ser inútil!

Julgo que uma sociedade que não saiba respeitar os seus velhos é uma sociedade sem valores. Da mesma forma que temos que saber cuidar e educar uma criança, também temos que cuidar com carinho aqueles que nos deram muito. Nos deram tudo!

Para reflectir...

Bambi segundo a Inês

A Inês resolveu recriar a história do Bambi, transformando alguns familiares nas personagens da história. Com apenas nove personagens, nem todos os familiares couberam no elenco. Aqui estão na perspectiva da Inês:

Muito cómico! Principalmente o avô Zé M. Ele que me desculpe... :-D

Gulliver by Inês